O YouTube está prestes a reintegrar criadores que até agora estavam banidos da plataforma por divulgarem desinformação sobre a covid-19 e as eleições americanas, segundo uma carta enviada pela empresa-mãe Alphabet a um legislador republicano.
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"De acordo com o compromisso da empresa com a liberdade de expressão, o YouTube oferecerá a todos os criadores a possibilidade de regressar à plataforma se a empresa tiver removido os seus canais por violações repetidas que já não estão em vigor", indicou um consultor jurídico da Alphabet numa carta, citada pela agência France Presse (AFP).
O documento em questão refere também que "o YouTube valoriza as vozes conservadoras na sua plataforma e reconhece que esses criadores têm uma grande audiência e desempenham um papel importante no debate cívico", sem especificar que criadores serão afetados nem quando poderão regressar.
Na mesma carta, a Alphabet também acusou a administração do ex-presidente norte-americano, Joe Biden, de ter "pressionado a empresa" para que impusesse estas proibições.
A administração Biden exortou as plataformas a remover o que considerava informações falsas e prejudiciais, como conteúdo que encorajava a ingestão de lixívia para curar a covid-19, uma teoria retomada por Donald Trump.
Os conservadores americanos acusam as plataformas 'online' e os verificadores de informação profissionais de terem um viés de esquerda e de usarem as políticas de combate à desinformação como pretexto para a censura.
A reintegração de contas com desinformação também aconteceu na rede social X, depois o bilionário americano Elon Musk ter comprado a plataforma.