A secretaria de Estado da Cultura anunciou, em comunicado, que irá disponibilizar "uma verba que permitirá assegurar a continuidade do portal Ciberdúvidas da Língua Portuguesa", para cobrir os custos de funcionamento.
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"O Ciberdúvidas e o seu criador, o jornalista José Mário Costa, prestam um trabalho de inexcedível dedicação à causa pública, à língua portuguesa e aos portugueses, desde há década e meia", afirma Francisco José Viegas, que sublinha tratar-se "de um projeto meritório como poucos".
"Assegurar a sua continuidade enquadra-se integralmente na nossa missão, naquilo que diz respeito à promoção e defesa da Língua", declara o secretário de Estado.
"O apoio destina-se a cobrir os custos relacionados com o funcionamento do portal, propriedade de uma associação sem fins lucrativos", esclarece o governante.
No texto, Francisco José Viegas refere que o Portal é "dedicado ao esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa", tendo sido criado há 15 anos, e conta 2,5 milhões de visitas por mês.
José Mário Costa disse à Lusa, depois de ter sido ouvido audição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, que o Portal poderia encerrar até setembro, se continuasse sem apoios financeiros.
"Tentei contactar vários possíveis mecenas, desde entidades públicas a privadas, mas todas as respostas foram negativas", lamentou o responsável pelo portal na Internet.
"Sendo o Ciberdúvidas uma associação sem fins lucrativos que faz serviço público, não seria possível assinar um protocolo com o Estado português ou com uma entidade governamental, a fim de ser viabilizado?", foi a ideia apresentada pelos responsáveis pelo portal.
Nas contas dos responsáveis pelo projeto, o portal precisava "apenas do valor irrisório de 2000 euros mensais para continuar", como indicaram.
Todos os grupos parlamentares reconheceram a importância do projeto e fizeram algumas perguntas sobre a sua atividade e funcionamento, e o presidente da comissão parlamentar, José Ribiero e Castro, disse que iria fazer "todas as diligências" ao seu alcance para que o Ciberdúvidas, "pela sua prestação de serviço público, continue".