A sorte sorriu a Tivani no regresso da serra de Montejunto à Volta a Portugal
Após o infortúnio da última tirada, Nicolás Tivani "virou a página" e conquistou a nona etapa da 86.ª Volta a Portugal, no regresso da serra de Montejunto ao traçado da corrida, 42 anos depois. O argentino ganhou o duelo com Pau Martí (Israel Premier), depois de a corrente da bicicleta do espanhol ter saltado, no último quilómetro. Domingo sagra-se o campeão da corrida.
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Ao fim de nove etapas em linha, a 86.ª Volta a Portugal em Bicicleta termina como começou: com Nico Tivani a celebrar, no pódio, o êxito da tirada. Depois de ter triunfado no alto do Sameiro, em Braga, o argentino da Aviludo-Louletano-Loulé Concelho bisou na serra de Montejunto, na véspera do encerramento da prova.
O que começou por ser uma simples brincadeira como o "irmão" Tomas Contte, arrancando para a fuga logo no início dos 174,4 quilómetros passados na região do Oeste, acabou por ser um "espetáculo" de ciclismo, proporcionado a milhares de adeptos que, neste sábado, se abeiraram na estrada para aplaudir o pelotão. Da escapada que chegou a ter mais de sete minutos só resistiram os parceiros Contte e Tivani, e Pau Martí, espanhol da Israel Premier que chegou a vestir a camisola amarela nesta Volta a Portugal.
Concluído o trabalho, Contte descolou, fazendo com que as atenções se centrassem nos dois homens da frente. O infortúnio de Martí foi a sorte de Tivani: assim é o ciclismo. Na classificação geral, o líder Artem Nych perdeu uns segundos de vantagem, devido a um ataque do colega de equipa Alexis Guérin, nos últimos dois quilómetros. O francês da Anicolor-Tien 21, segundo classificado na geral, atacou com o objetivo de desgastar Jesus Peña e Byron Munton, os adversários mais próximos de Nych, mas o "plano" acabou por ter o objetivo inverso.
Ainda assim, o russo - campeão em 2024 - está "tranquilo" para as derradeiras pedaladas da Volta a Portugal e acredita que poderá vencer o contrarrelógio final, em Lisboa.