As Adidas Supernova Rise 2 apresentam-se como companheiras tranquilas de treino diário. Não vão bater recordes, mas, na sua versão Mercedes-AMG, são boas sapatilhas casuais.
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São sapatilhas de corrida mas são sobretudo umas companheiras ultra-confortáveis para um dia-a-dia carregado de estilo. Antes de mais, porque a marca entrou nas tendências da moda com a redemocratização das Stan Smith, recuperadas dos tenistas dos anos 1960. Depois porque, no caso em apreço, a co-assinatura da Mercedes-AMG Petronas Formula One Team faz das Adidas Supernova Rise 2 um objeto distinto. Mas, na verdade, são iguais às outras da linhagem, só variando nas cores e no logo da marca automóvel.
Pretas com notas de verde menta na sola e nas três barras do logo, replicando as cores da equipa de F1, estas Adidas são, de facto, muito confortáveis, ainda que o preto possa torná-las quentes nos dias de mais sol. Mas vamos ao que distingue estas sapatilhas das Supernova Rise na sua primeira versão.
Antes de mais, a malha superior, pensada para ser mais leve. Parece bastante apertada à primeira abordagem, mas acaba por revelar-se respirável. Depois, a forma do calcanhar, a que foi acrescentado um canal de espuma que facilita o ato de calçar e ajuda na estabilidade do pé.
Estas são as únicas novidades desta segunda série, que ficou mais leve 4% (para uma média de 257 gramas para um numero médio, contas da marca que não podemos confirmar por não ter usado as primeiras Supernova Rise). As restantes características técnicas da sapatilha replicam a anterior, como, de resto, a aparência física.
O material da entressola (Dreamstrike+, à base de PEBA) sente-se mal se calça a sapatilha e amortece muito a passada, o que permite abusar das distâncias. A sola exterior é em Adiwear, uma borracha que cumpre no capítulo da aderência, mesmo em piso molhado. Mas a parte central é recoberta por uma película de borracha transparente que nos parece mais rígida e acaba por tornar a passada ruidosa. O modelo conta, também, com os “rods” de suporte que são imagem de marca e ajudam a estabilizar a passada. Refira-se ainda um drop (diferença do calcanhar aos dedos) de 10 mm, o que faz delas sapatilhas maximalistas.
No que toca à corrida propriamente dita, as Supernova Rise 2 transmitem uma sensação de leveza mediana – já testámos sapatilhas mais leves sem comprometer o amortecimento – e de estabilidade. Mas padecem de uma língua solta – estamos demasiado habituados a línguas presas às laterais, o que evita sempre deslizes para os lados, ainda que, neste caso, a presilha para os atacadores resolva parte da questão.
Em resumo, de gama média, estas não são sapatilhas para bater recordes, mas parecem uma boa opção para treinos longos e tranquilos, ou até para recuperação pós-prova. E contam com 20% de material reciclado.
PVP: 160 euros no modelo Mercedes-AMG, 150 euros nos restantes
Nota: o produto foi cedido pela marca.