Campos vence última etapa na consagração do imperador Tivani no Grande Prémio JN
A hegemonia de Nicolás Tivani confirmou-se, neste domingo, com o triunfo do 34.º Grande Prémio JN, em Famalicão. O argentino da Aviludo-Louletano-Loulé, vencedor de quatro tiradas, conquistou a camisola amarela que vestiu na etapa-rainha, ao quarto dia, e dedicou o troféu ao "irmão" Tomas Contte, que sofreu em cima da bicicleta para proteger o seu líder. A derradeira etapa foi vencida ao sprint por Francisco Campos (AP Hotels-Tavira-Farense), que acabou a época da melhor forma.
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Nos últimos 147,5 quilómetros dos mais de 1300 percorridos durante nove dias, o pelotão de 84 corredores arrancou da Avenida Eng. Pinheiro Braga, em Famalicão, numa manhã cinzenta, mas o sol havia de aparecer para a festa final do Grande Prémio JN. Para terminar em beleza, a tirada contou com uma fuga numerosa, impulsionada pelo duo da Feirense-Beeceler Francisco Pereira e António Carvalho, que chegou a ter 17 corredores.
Na derradeira jornada da prova, a liderança das autarquias saltou de Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) para Francisco Campos (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense) e a dos pontos quentes de Gonçalo Amado (Rádio Popular-Paredes-Boavista) para António Carvalho, devido ao trabalho na frente da corrida. A diferença para o pelotão foi oscilando ao longo dos quilómetros, mas a Aviludo-Louletano-Loulé controlou sempre a cabeça do pelotão, focada na vitória final. Tomas Contte, companheiro Nicolás Tivani deu tudo pelo melhor amigo, mesmo com as dores consequentes de uma queda na Volta a Portugal, no início do mês de agosto.
Na aproximação a Vila Nova de Famalicão, Francisco Pereira ainda saltou da fuga para tentar a vitória na tirada, mas o esforço do corredor da Feirense-Beeceler durou pouco, já que entre os restantes fugitivos havia vários pretendentes à conquista da última etapa. O grupo chegou isolado à meta, com uma vantagem de 3.30 minutos para o pelotão, vendo Francisco Campos a ser, "finalmente", o mais forte no sprint. Mais tarde, o pelotão chegou praticamente "neutralizado", com a equipa de Loulé alinhada à frente, num momento de respeito pelo vencedor.
O português Pedro Silva (Anicolor-Tien 21) e o espanhol Raúl Rota (Rádio Popular-Paredes-Boavista) mantiveram, respetivamente, o terceiro e o segundo lugar no pódio que coroou o argentino Nicolás Tivani. Além da vitória na etapa e das camisolas das metas volantes e das autarquias com Miguel Salgueiro e Francisco Campos, a AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense foi também a melhor equipa profissional. A Technosylva Maglia Rower Bembibre, vencedora de duas tiradas e de duas camisolas (juventude com Fabrizio Crozzolo e montanha com Jesse Marias) foi eleita a melhor equipa amadora.