210 militares e 339 horas: o vídeo cinematográfico de uma das maiores apreensões de droga de sempre
As mais de sete toneladas de cocaína apreendidas em duas embarcações de pesca, a cerca de mil milhas náuticas de Lisboa, tinham como destino a Península Ibérica, após o que seriam transportadas para outros países europeus, revelou este sábado a PJ.
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Em comunicado divulgado esta manhã, a Marinha Portuguesa especificou ter colaborado, na madrugada de 17 de novembro, na apreensão de quatro toneladas e meia de cocaína a bordo de uma embarcação de pesca, enquanto na tarde do dia 20 de novembro, passada quinta-feira, foi possível intercetar, na mesma zona, uma segunda embarcação, que transportava mais de duas toneladas e meia de cocaína. Segundo a nota da Marinha, a operação que envolveu mais de 210 militares e 339 horas de empenho direto de militares.
Artur Vaz, da Unidade de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ), disse hoje em conferência de imprensa que a droga se destinava a "ser transferida em alto mar para embarcações de alta velocidade que, por sua vez, a fariam introduzir nas costas da Península Ibérica, para posteriormente seguir para outros países europeus".
A bordo estavam 10 cidadãos de nacionalidade brasileira, sem antecedentes criminais. Cinco deles foram já presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva, enquanto os outros cinco serão presentes a tribunal "oportunamente", adiantou o responsável da PJ.
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O responsável pela Unidade de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ adiantou que a operação foi desenvolvida nas duas últimas semanas e decorreu em duas fases, com grande complexidade, tendo a investigação sido iniciada a partir de informação remetida pelo Maritime Analysis and Operations Centre - Narcotics (MAOC-N), que dava conta de um possível transporte de droga por via marítima, que se encontrava já em curso com destino à Europa.
"As embarcações, provenientes da América do Sul, transportavam mais de sete toneladas de cocaína, que terá sido carregada ao largo da costa do Brasil", refere o comunicado conjunto, acrescentando que, na operação, "foi empenhado um vasto conjunto de meios da Marinha, pertencentes à Componente Naval do Sistema de Forças, da Autoridade Marítima Nacional, da Força Aérea e elementos da Polícia Judiciária, para intercetar as embarcações e evitar que as mesmas pudessem efetuar o transbordo dos fardos de cocaína para embarcações de alta velocidade".

A investigação da operação "Renascer" contou, ainda, com a colaboração Polícia Federal do Brasil, da Agência DEA (Drug Enforcement Administration) dos EUA, da JIATF West (Joint Interagency Task Force West) também dos Estados Unidos, e da NCA (National Crime Agency) do Reino Unido.
