PT281 significa resiliência e esforço, mas significa também amizade e companheirismo. Foram 281 km de Belmonte a Proença-a-Nova, corridos entre os passados dias 20 e 23 de julho.
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Um total de 281 quilómetros, quase 6500 metros de desnível positivo, um máximo de 66 horas, o GPS e resiliência. É o que se pede todos os anos aos atletas que ousam desafiar a Beira Baixa a pé, numa das maiores provas contínuas de Portugal.
A dureza deixou 23 pelo caminho. A resiliência, o esforço, a dor, ocompanheirismo, a amizade, a alegria, a tristeza, a emoção, a glória e a sensação de vitória gravada para sempre no álbum de memórias conduziram os restantes até à meta, em Proença, certos de que o que se quer com este desafio não é vencer, mas sim terminar.
O primeiro, Marco Pinto, bateu o recorde da prova com 36h51. A primeira, Isabel Moleiro, correu 52h46. Os últimos, o português José Simões e o espanhol Serafin Martin, acompanharam-se até à meta, cortada 65h51 depois de Belmonte, a escassos minutos do limite. Mas, na PT281, não se distingue o primeiro do último.
Nem se distingue a parelha que fez a prova de Solidariedade pelo Direito à inclusão: Sérgio Melo, ultramaratonista, e Nuno Sobral, fundador da Associação Nuno Sobral, percorreram um percurso alternativo capaz de acolher uma cadeira de rodas, num total de 248 km...