JNTAG - A Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira celebra 25 anos de casa com programa a preceito.
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Vinte e cinco ilustradores olham para os livros, para a leitura e para as bibliotecas, e entram nesses universos através dos seus traços e imaginação na exposição “25 anos, 25 leituras”. É uma homenagem à liberdade e ao futuro com 25 olhares, 25 perspetivas. As bibliotecas, escrevem Pedro Seromenho e Bárbara Rocha, curadores desta mostra, “são abrigos futuristas com geradores de energia vital, mecanismos móveis e vaivéns com janelas giratórias”.
Anabela Dias desenha a guache um mergulho num mar feito de livros. Bárbara Rocha faz de um livro uma casa onde se lê. Cátia Vidinhas mostra uma árvore com raízes à mostra e ramos com livros, flores e gatos. David Penela tem estantes chamadas curiosidade. Mariana Rio junta e mistura personagens, pessoas e animais, e batiza o seu desenho de “Somos livros”. Marla Linares constrói uma biblioteca de janelas abertas ao Mundo. Para ver até 29 de julho.
No foyer da biblioteca, está a exposição “Da mancha à imagem e à banda desenhada” com trabalhos feitos por alunos feirenses em oficinas coordenadas pelo ilustrador Evandro Renan. Na sala juvenil, estão os vídeos “Error não encontrado” e “Re-ler/Re-pensar”, resultados de dois projetos desenvolvidos com estudantes do 3.° Ciclo em momentos de exploração das interseções entre arte, erro e tecnologia, conduzidos pelo artista Carlo Giovani. A falha como motor de criação e tudo pode acontecer.
A 26 de julho, um sábado, às 10.30 horas, no jardim da biblioteca, há teatro de marionetas com “Alguma coisa”. Fábio Superbi conta a história de José que passa os dias tranquilo numa pequena casa no meio do nada, ao pé de uma serra e rodeado pelos seus amigos que são galinhas, vacas e peixes. Até que recebe uma carta misteriosa com um desafio que é uma provocação de construir qualquer coisa que o aproxime do céu, algo que o transporte dali e o leve a viajar por outros territórios. E nós? Nós vamos também.
A 28 de julho, pelas 14.30 horas, na sala da hora do conto, é inaugurada a instalação e performance interativa “Máquina de pássaros”, maquinaria que cria aves com fragmentos de letras a partir da interação de quem por ali vai andar. É uma peça que é uma reflexão da nossa relação com as interfaces digitais, a comunicação por “prompts”, e as implicações de máquinas mediarem a nossa relação com o Mundo. Em tempo de aniversário, oferta diversificada.