Antes de brilhar na série juvenil “Morangos com açúcar” e agora na novela “A Fazenda”, Simão Fumega chegou a imaginar outros caminhos para si.
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Ser advogado ou biólogo marinho eram hipóteses, assim como ser jogador de futebol, que praticou em criança. A vida trocou-lhe as voltas.
“O meu irmão teve uma leucemia de alto risco quando era pequeno. Foram dois anos em isolamento. Eu fui viver com os meus avós nessa altura”, recorda. Com a doença do irmão, os jogos de futebol tornaram-se impossíveis de conciliar.
Foi então que surgiu a ideia de tentar a representação. “Nunca tinha pensado em ser ator, mas o meu pai sugeriu que começasse a fazer castings.” O primeiro não correu como esperava. “Tive uma branca completa. Sabia o texto de cor, mas esqueci-me de tudo. Foi a maior vergonha da minha vida”, admite, entre risos.
A infância de Simão foi marcada por uma grande timidez. Aos 12 anos, deu os primeiros passos na televisão e no cinema, mas foi “Morangos com açúcar” que o tornou conhecido do grande público. “O primeiro episódio teve quase dois milhões de visualizações. A minha personagem era muito diferente de mim: tímida, mas também muito esperta e manipuladora.” Antes de gravar a série, passou por uma formação intensiva com o coach Marco Neves. “Foram ensaios diários durante um mês. Aprendi imenso.” Hoje, em “A Fazenda”, interpreta Carlos, um papel que começou pequeno e ganhou destaque na segunda temporada.
De miúdo reservado até ao presente, Simão Fumega descobriu na arte de representar a verdadeira vocação. Já depois dos “Morangos”, integrou uma série da Disney+ em espanhol, que estreia este ano, e quer conquistar o país vizinho.