JNTAG - Livro infantojuvenil traz temas terapêuticos e esotéricos para o universo lúdico das crianças, promovendo autoconhecimento, empatia e conexão familiar. É o segundo livro escrito por Isabel Guimarães.
Corpo do artigo
Entre dragões, planetas e histórias de super-heróis, surge "Tomé, o Regresso", uma obra infantojuvenil que ousa tocar temas pouco convencionais na literatura infantil: astrologia, reiki e constelações familiares. A autora Isabel Guimarães, astróloga com longa trajetória na área do desenvolvimento humano, aposta numa narrativa sensível e simbólica para apresentar às crianças - e também aos adultos - ferramentas de autoconsciência e cura emocional.
A ideia para a história nasceu da observação da natureza intuitiva e emocionalmente aberta das crianças. "Elas compreendem energia e emoções de forma muito pura. Senti que era hora de desmistificar esses conceitos e trazê-los como algo natural, acessível e útil", afirma a autora. Assim nasceu Tomé, o protagonista desta nova aventura - um menino sensível que, ao longo da narrativa, descobre que a sua diferença é, na verdade, o seu maior poder.
Astrologia como metáfora
Traduzir conceitos esotéricos para o universo infantil foi o grande desafio. A autora apostou numa abordagem simbólica, onde a astrologia, por exemplo, é apresentada não como um mapa celeste, mas como a ideia de que "cada um de nós é uma estrela única, com sua própria luz". O reiki transforma-se numa energia de amor nas mãos, e as constelações sistémicas se revelam na metáfora da "árvore familiar", onde encontrar o próprio lugar é essencial para florescer.
"A chave foi usar a fantasia como ponte. Através da jornada do Tomé, as crianças não apenas se encantam, mas absorvem valores como empatia, respeito pelas raízes e amor próprio", explica Isabel.
As ilustrações ganham papel de destaque no livro. A autora destaca que elas são "a alma da obra", dando vida às metáforas e ajudando a criança a visualizar emoções e conceitos complexos. "As cores, texturas e expressões das personagens foram cuidadosamente pensadas para tornar a leitura uma experiência sensorial completa."
O projeto ganhou força após o sucesso do primeiro livro infantil da autora, Tomé Descobre a Astrologia, lançado em 2012/2013, que percorreu escolas e bibliotecas em Portugal e chegou ao Brasil. Mas a semente da escrita infantil foi plantada ainda antes, ao perceber nos seus atendimentos que muitos bloqueios adultos estavam ligados a feridas da infância.
"Se esses conceitos fossem semeados desde cedo, talvez as futuras gerações crescessem com menos medos e mais confiança. Foi essa consciência que me levou a escrever para crianças - e para os adultos que cuidam delas."
Desde o lançamento, o "feedback" tem sido emocionante. Famílias relatam que, após a leitura, os filhos começaram a verbalizar sentimentos, refletir sobre seu lugar na família ou até usar as mãos para "curar" os brinquedos. "É essa magia que me move - criar histórias onde a criança se sente segura, vista e compreendida", diz a autora.
Educadores também têm acolhido o livro com entusiasmo. Muitos apontam a obra como ferramenta para trabalhar emoções em sala de aula ou em contextos terapêuticos. E é exatamente aí que a autora visualiza o futuro da sua criação: como ponte entre o mundo interior da criança e o mundo que a rodeia.
A autora já planeia novas histórias e aventuras com o mesmo propósito: conectar, curar e inspirar. E se pudesse resumir este novo livro numa só palavra, seria "Conexão". "Porque ao nos conectarmos connosco, nos conectamos com tudo o que nos rodeia - família, natureza, universo."