O Tribunal de Bragança condenou esta quarta-feira um jovem, com 24 anos, a uma pena de dois anos de prisão efetiva, substituída por prisão domiciliária com vigilância eletrónica, por um crime de abuso sexual de menores e coação sexual. A vítima, na altura com 12 anos, residia no concelho de Mirandela, e terá tido uma relação amorosa com o arguido, que na altura tinha 22 anos.
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O coletivo de juízes que julgou o caso entendeu que o arguido não tem consciência da gravidade da sua conduta para com a vítima e ainda tentou enganar o tribunal contando uma história para se ilibar, dando uma versão na qual misturou factos verídicos e outros falsos, envolvendo ainda uma ex-namorada, e chegando a afirmar que não conhecia a menor.
Todavia, os juízes não acreditaram na tentativa de confundir o tribunal e, apesar de considerarem que o jovem teve uma "atitude deplorável", decidiram condená-lo, mas dando-lhe uma oportunidade não o estigmatizando com uma pena de prisão num estabelecimento prisional, substituindo-a pela obrigatoriedade de permanência na residência.
Os factos ocorreram entre 2016 e 2017 nos concelhos de Mirandela e de Valpaços. Depois de a menor e o jovem se terem conhecido nas redes sociais encetaram uma relação sentimental virtual que acabaria por se tornar realidade.
O tribunal deu como provado os factos da acusação e outros apurados durante o julgamento, nomeadamente que ambos tinham passado noites juntos numa aldeia de Mirandela e em Valpaços.