A PSP anunciou, esta quinta-feira, ter desmantelado uma rede nacional de tráfico de armas de fogo e munições, que se traduziu em 18 detenções e na apreensão de mais de 100 armas e 18 mil munições.
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Denominada "Operação Bala Perdida", a operação, levada a cabo pelo Departamento de Armas e Explosivos, implicou duas investidas policiais: uma realizada a 13 de novembro de 2023 e outra a 13 de março de 2024. A investigação, que durou 15 meses, estendeu-se pelos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Évora, no âmbito da qual foram cumpridos sete mandados de detenção fora de flagrante delito e 69 mandados de busca e apreensão (sendo 37 domiciliários).
Os detidos da segunda fase da operação foram presentes esta quinta-feira a primeiro interrogatório judicial, junto do Departamento de Investigação e Ação Penal da Amadora, tendo sido aplicada a prisão preventiva a dois deles. Na primeira fase da operação, no ano passado, a dois dos detidos também tinha sido aplicada a mesma pena.
O principal suspeito dedicava-se à atividade de compra e posterior venda de armas de fogo, munições, carregadores, silenciadores e outros componentes. Este homem era titular de licença de uso e porte de arma de fogo, tendo, por essa razão, "fácil acesso à aquisição de armas de fogo e respetivas munições", informa a PSP.
O principal suspeito operava com outros intermediários que, posteriormente, disponibilizavam armas e munições a indivíduos sem licença de uso e porte de arma. "Tinha ainda uma rede de contactos privilegiados ligados à área das armas de fogo, nomeadamente um indivíduo que trabalhava num armeiro e que servia como mediador na angariação de compradores ilegais e que facilitava a compra de munições e componentes de armas de fogo", detalha a PSP.
Nesta operação estiveram envolvidos cerca de 200 polícias de várias valências, designadamente do Departamento de Armas e Explosivos, Departamento de Investigação Criminal, Comandos Metropolitanos de Lisboa e Porto, Comandos Distritais de Setúbal e de Santarém, Unidade Especial de Polícia, contando ainda com o apoio da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Judiciária Militar.