Um procurador alemão afirmou que tem provas de que Madeleine McCann está morta e apelou aos turistas britânicos para ajudar a identificar as antigas casas do suspeito.
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O procurador Hans Christian Wolters afirmou à Sky News que a Polícia precisa de mais informações sobre onde é que o novo suspeito, identificado como Christian B, viveu para poder procurar o corpo de Madeleine.
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Wolters admitiu, no entanto, que não possui "provas concretas" suficientes para o suspeito ser julgado.
O alemão acredita que existem outras vítimas britânicas de ataques sexuais e pediu que entrem em contacto com a Polícia.
"Depois de todas as informações que obtivemos, a miúda está morta. Não temos informações de que ela possa estar viva. Todas as indicações que temos, de que não lhe posso dizer, apontam para que Madeleine esteja morta", garantiu Wolters à Sky News.
"Temos dados que não podemos comunicar que falam pela teoria de que Madeleine está morta, mesmo que tenha que admitir que não temos o corpo", acrescentou.
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"As provas concretas não temos, não temos as provas cruciais do corpo de Madeleine McCann. Acreditamos que ela esteja morta, mas não temos provas suficientes para que possamos obter um mandado para o suspeito na Alemanha pelo assassinato de Madeleine McCann", continuou Wolters.
"Neste momento, também não temos provas suficientes para um julgamento no tribunal, mas temos algumas evidências de que o suspeito realizou o crime. É por isso que precisamos de mais informações das pessoas, especialmente dos lugares em que ele morou, para que possamos marcar esses lugares e procurar Madeleine".
Wolters disse ainda que a investigação abrange todo o tempo em que o suspeito viveu no Algarve, entre 1995 e 2007. "Precisamos da ajuda das pessoas, de turistas britânicos que poderiam estar entre 1995 e 2007 na Praia da Luz. Somente com esses telefonemas podemos resolver o caso de Madeleine McCann".
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O procurador também acredita que, ao longo desses anos, possam ter havido outras vítimas de ataques sexuais que não denunciaram à Polícia. "Acreditamos que o nosso suspeito tenha cometido mais crimes, possivelmente contra britânicos, irlandeses ou americanos. Pedimos a todas essas pessoas que nos liguem para que possamos resolver esses casos".
Tal como a Polícia Metropolitana de Londres, o procurador e a Polícia alemã também tiveram centenas de chamadas a oferecer informações sobre o suspeito e dois veículos que ele terá usado.
"Estamos a analisá-los [aos informantes] e esperamos que alguns deles possam ajudar-nos a dar um grande passo para resolver este caso", disse Wolters. "Basicamente, precisamos de todas as informações sobre aquele período, onde é que ele morou, onde trabalhou e em quais lugares teve um relacionamento especial, quem eram os seus amigos e as pessoas que conhecia".
"Quem nos pode dizer como foi a vida do suspeito, onde esteve com os carros, quem esteve nas suas casas e como são por dentro. E esperamos encontrar vítimas que talvez também tenham estado nessas casas, vítimas de crimes sexuais", concluiu o alemão.