Um homem de 35 anos, detido por suspeitas de abuso sexual da filha da companheira, em Beja, ficou em prisão preventiva. Tinha sido detido na terça-feira.
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Prisão preventiva e proibição de contatos com a vítima foram as medidas decretadas esta quinta-feira por um Juiz de instrução Criminal (JIC) do Tribunal de Beja, ao homem de 35 anos, suspeito de abusar da filha da companheira, de 13 anos, que se encontrava institucionalizada em Beja.
No entanto o JIC solicitou à Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) a elaboração de um relatório social do arguido para avaliar a possibilidade do mesmo ficar obrigado a permanecer na habitação, diferente daquela em que habitava com a mãe da vítima, com pulseira eletrónica.
O indivíduo foi detido na terça-feira, depois de uma queixa feita ao Ministério Público (MP) de Beja, no passado dia 25 de maio, pela diretora da instituição onde a menor se encontrava a viver, logo que uma colega da vítima contou a conversa que ouvira sobre os abusos.
O MP ouviu testemunhas da instituição e face à gravidade das mesmas, endossou a queixa para a Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) que fez uma investigação muito rápida e deteve o suspeito, que vivia com a companheira, numa localidade do concelho de Santiago Cacém.
A vítima, que apresenta problemas cognitivos, estava institucionalizada há pouco mais de um ano em Beja, "ao abrigo de medida de promoção e proteção" promovida pela Segurança Social. Os abusos verificam-se na sequência de visitas da mãe e do companheiro, fora da instituição devidamente autorizadas pelo Tribunal de Menores.
Segundo apurou o JN, a mãe da menor ia fazer compras, enquanto o companheiro levava a vítima no seu carro e, a sós com ela, abusava da mesma, situação que aconteceu ao longo dos últimos dois anos, inclusive quando o arguido vivia com a criança.
O arguido foi conduzido ao Estabelecimento Prisional de Beja onde aguarda a decisão da DGRSP para saber se tem condições para ficar com pulseira eletrónica ou em prisão preventiva até ao julgamento.