A filha de um antigo empregado do chamado "conde de Castelo de Paiva", a quem este membro da nobreza, já falecido, deixou em testamento o usufruto dos seus bens e propriedades, foi acusada pelo Ministério Público (MP) de ter vendido o espólio da chamada “Casa da Boavista”, na localidade de Sobrado.
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A mulher, residente em Oeiras, vai responder pelo crime de abuso de confiança e o MP quer que seja condenada a pagar 40 mil euros ao Estado.
De acordo com a acusação, José de Arronchela Pinto de Lancastre Ferrão, terceiro conde de Castelo de Paiva, elaborou um testamento, em abril de 1996, no qual determinou que, após a sua morte, cedia o usufruto vitalício dos seus bens de Castelo de Paiva ao seu funcionário Viriato Almeida. Após a morte deste, o usufruto passaria para as suas filhas. O testamento prevê, ainda, uma doação final dos bens ao município para que fosse criado um museu. O conde faleceu em 1997 e o empregado em 2019. E foi uma das filhas deste último, B. Maria, quem tomou posse da Casa da Boavista, em setembro de 2019.