Vasco Lopes, de 34 anos, um dos dez acusados de assaltos a lares de idosos, uma escola, uma junta de freguesia e uma igreja negou, esta quinta-feira, no início do julgamento, no Tribunal de Guimarães, que tenha estado envolvido em qualquer um dos furtos de que está acusado.
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Dos dez acusados, estão em julgamento apenas oito, já que o processo dos restantes foi separado. Estão acusados de furtos simples e qualificados maioritariamente a lares de idosos usando uma viatura alugada.
O julgamento começou com alguma agitação, já que, à chegada ao tribunal, os arguidos detidos insultaram e ameaçaram de morte os repórteres de imagem presentes no local. Já no interior da sala de audiências, um dos indivíduos começou por se recusar tirar as algemas tendo cedido posteriormente. E outro, que se recusou a prestar declarações, interrompeu uma testemunha, pedindo para falar e, mais tarde, para fazer perguntas. “Tenho de falar, estão a dizer mentiras”, acusou, com nervosismo.
A juíza explicou que poderia falar, mas depois de a testemunha acabar o seu depoimento.
Ainda antes disto, Vasco Lopes disse ao coletivo de juízes que não fez nada do que está acusado: furtos de viatura e em lares de idosos e na Igreja de Fradelos.
Os indivíduos estão acusados de furtos em várias localidades do Norte, e até a um lar de idosos em Portalegre, do qual Vasco Lopes também está acusado.
Segundo contou, Vasco Lopes e outros dois arguidos foram a Portalegre “passear”, tendo pernoitado num hotel da cidade. “Não sei se, durante a noite, os meus colegas saíram para fazer alguma coisa. Não dei por nada”, afirmou.
Vasco Lopes, que reside com outro arguido, de que diz ser “filho adotivo”, admitiu ter vendido peças em ouro que eram do colega de casa, a seu pedido. Antes de ser detido, disse, era Relações Públicas de uma discoteca no Porto, ao fim de semana.
Durante a sessão, foram ouvidos três investigadores da GNR, que relataram as vigilâncias e as diligências efetuadas até à realização de buscas domiciliárias e detenção dos arguidos.