Ficou em silêncio perante o coletivo de juízes o homem de 39 anos, suspeito de ser o autor de seis incêndios florestais ocorridos em 2024, em Vale de Cambra, que começou, esta terça-feira, a ser julgado, no Tribunal de Santa Maria da Feira.
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O arguido, que se encontra em prisão preventiva, optou por não prestar declarações sobre os factos constantes na acusação. Está acusado de seis crimes de incêndio florestal, ocorridos entre abril e maio do ano passado, na freguesia de Macieira de Cambra.
Um dos inspetores da Polícia Judiciária, ouvido na qualidade de testemunha, afirmou que o arguido foi identificado através das imagens de videovigilância que tinham sido instaladas no local após a ocorrência de vários outros incêndios.
Adiantou, ainda, que o arguido tinha confessado alguns dos incêndios. "Ele confessou uma data de incêndios, muitos deles que desconhecíamos e que nem nos tinham sido comunicados", referiu o inspetor.
Aquando da detenção, a PJ afirmou que os incêndios terão sido provocados recorrendo a chama direta, sem que o arguido aponte uma motivação específica para o crime. Os fogos colocaram em perigo uma mancha florestal significativa, bem como habitações e unidades fabris existentes na zona.
O detido não tem antecedentes criminais.