Administrador de lar acusado de ficar com mais de meio milhão de euros de idosa
Um administrador de um centro residencial para idosos foi acusado pelo Ministério Público (MP) de Santo Tirso de burla qualificada, por, alegadamente, ter desviado, entre 2013 e 2021, mais de meio milhão de euros a uma idosa, de 83 anos, entretanto falecida.
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Na sua página da Internet, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP) informa que o MP “considerou fortemente indiciado” que o arguido, “abusando dos poderes conferidos por procuração da ofendida à revelia do seu conhecimento e contra a sua vontade, procedeu a sucessiva movimentação das contas bancárias e aplicações financeiras tituladas” pela mulher.
“Realizando transferências e sacando cheques, permitindo-lhe desviar, em seu proveito ou de terceiros, uma quantia superior a 500 mil euros”, refere a nota.
A PGDP explica que “tal conduta apenas foi possível por o arguido, através da procuração, ter conseguido anular quaisquer comunicações de extratos bancários à ofendida e encerrar e abrir novas contas bancárias”.
“Fê-lo, aproveitando-se da idade já avançada da ofendida (83 anos quando ingressou no lar) e das suas circunstâncias familiares (não tinha familiares diretos), criando e alimentando uma aparente relação de confiança ao longo daqueles anos”, sublinha o MP.
O Ministério Público requereu a perda a favor do Estado das quantias apropriadas pelo arguido, sem prejuízo dos direitos de eventuais lesados.