Adolescente denuncia em reunião de Testemunhas de Jeová que foi violada pelo pai
Tribunal condenou homem a 13 anos e oito meses de prisão, por crimes de violência doméstica e violação. Vítima tinha 16 anos e era órfã de mãe.
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Deixou Angola para vir para Portugal, onde não tinha qualquer referência ou suporte senão o pai, para aqui prosseguir os estudos. Mas, quando chegou ao país, a rapariga, de 16 anos, acabou por ser instrumentalizada, alvo de castigos físicos e forçada a manter relações sexuais com o próprio progenitor, que denunciou numa reunião do culto Jeová, onde pediu ajuda, em Setúbal. O agressor foi condenado a 13 anos e oito meses de prisão, por violência doméstica e violação, numa decisão agora confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Órfã de mãe e a viver aos cuidados de uma tia materna até setembro de 2023, a vítima decidiu mudar-se para Portugal a convite do pai, com quem tinha tido pouco contacto ao longo da vida. Na zona de Setúbal, passou a residir com ele, a sua companheira e a filha comum do casal. No próprio dia da chegada, o arguido questionou-a sobre a sua vida íntima, demonstrando desagrado ao saber que ela já não era virgem.