A jovem de 15 anos que as autoridades chegaram a pensar ter-se sucidado na Boca do Inferno, em Cascais, estava afinal em Hamburgo, na Alemanha, com o namorado.
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Foi detetada pela PJ, soube o JN. O pai, em declarações ao JN, adiantou que ainda não conseguiu explicar o "porquê de tudo isto. Para já, ela regressou à família e está bem. É o mais importante".
A jovem, de nome Ana Sofia Trindade, tinha desaparecido no dia 7 de setembro, tal como o irmão, Rui Tavares, na altura divulgou. O último local onde a jovem Ana tinha sido vista foi a Boca do Inferno, em Cascais. "Foram encontrados nas escarpas os ténis pretos que levava calçados", escreveu na altura, dia 9, o irmão, no Facebook, no âmbito de apelos para alguém dar sinais do paradeiro da jovem. As autoridades foram alertadas logo no dia do desaparecimento. A última pessoa a ver a jovem fora o taxista que a transportara a seu pedido para a Boca do Inferno, onde a deixara no dia 7, cerca das 12 horas. Em casa, uma carta de despedida para a família e para o namorado "com o qual terminou a relação", segundo a informação deixada pelo Bruno na rede social.
O cenário era de suicídio, envolvendo todas as autoridades na procura de um possível cadáver. Mas a PJ, da área dos desaparecidos, começou a achar que havia pontas soltas e foi recolhendo informação sobre a vida da jovem, suspeitando que tinha havido simulação do suicídio, para esconder a fuga.
A jovem estudava numa escola de dança, onde encontrara um outro jovem aluno, estrangeiro, iniciando uma relação. A PJ veio depois a perceber que o jovem, que identificou, já não estava em Portugal, partindo para Hamburgo. E foi essa a pista seguida pela PJ, pedindo o apoio da polícia alemã, até uma morada na cidade alemã, onde encontrou Ana Sofia. A jovem chegou ontem a Lisboa e regressou à família. O pai, Gilberto Trindade, destaca ao JN o "enorme esforço das autoridades. Nunca desistiram".