Joana Ramirez, a "advogada do jet set" que está a ser julgada no Porto por suspeitas de burlas, abuso de confiança e falsificação de documentos que lhe terão valido cerca de um milhão de euros de clientes, tentou esta terça-feira desacreditar as alegadas vítimas, procurando provar que fez tudo com o seu consentimento.
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Foram precisos vários anos - pelo menos desde 2018 - para que a advogada Joana Ramirez fosse a julgamento, pronunciada por burlas e falsificações que lhe terão rendido uma fortuna. Depois de meses de sucessivos adiamentos, por si suscitados, a maior parte das vezes por desconfiar dos próprios defensores - escolheu mais de uma dezena de advogados que rejeitaria posteriormente - a polémica advogada parece ter encontrado agora um defensor à altura das suas aspirações.
Em causa está, sobretudo, a utilização de procurações, algumas delas alegadamente revogadas, de uma idosa, Custódia Brochado Coutinho - matriarca de uma conhecida família do Porto - utilizadas para vender, segundo a acusação em seu proveito, o vasto e valioso património da idosa, entretanto falecida.