Advogado da família da grávida da Murtosa acredita que Fernando Valente será condenado na Relação
O advogado António Falé de Carvalho, que representa a família da grávida desaparecida da Murtosa, acredita que vai "mudar tudo" no recurso contra a absolvição do único arguido, Fernando Valente.
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Ainda segundo o causídico, que representa os familiares de Mónica Silva, o Tribunal do Júri de Aveiro não terá "valorizado devidamente a prova produzida em todo o julgamento".
Falando à saída do Palácio da Justiça de Aveiro, o advogado António Falé de Carvalho adiantou que "no nosso recurso para a Relação do Porto, vamos também pedir apreciação da prova", referindo-se aos factos que não foram provados no julgamento.
"Esta é a primeira etapa de um longo caminho que vamos percorrer", acrescentou o advogado, para quem "a seguir teremos a Relação do Porto, o Supremo Tribunal de Justiça e ainda o Tribunal Constitucional na ordem interna".
António Falé de Carvalho, que nas alegações finais tinha solicitado a aplicação da pena máxima, de 25 anos de prisão efetiva, ou eventualmente "uma pena muito próxima do limite máximo", entende que "fez-se prova suficiente para uma condenação".
Apesar de nunca ter sido encontrado o corpo de Mónica Silva, que desapareceu a 3 de outubro de 2023, ou sequer quaisquer tipo de vestígios da mulher, o advogado acha que "a prova indireta durante o julgamento atesta a culpabilidade do arguido Fernando Valente".