Advogado da família da grávida da Murtosa pede 20 anos de prisão para Fernando Valente
O advogado da família da grávida desaparecida da Murtosa pedirá, esta quarta-feira, 20 anos de prisão para o arguido, Fernando Valente.
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António Falé de Carvalho considera que ficou provado que o arguido é o autor do homicídio de Mónica Silva, mas só com prova indireta, por entender não estarem suficientemente esclarecidos alguns requisitos para a pena máxima, de 25 anos de cadeia.
A moldura penal para o crime de homicídio qualificado é de 12 a 25 anos de prisão, mas o advogado António Falé de Carvalho, falando aos jornalistas, esta quarta-feira de manhã, entende que a prova realizada nas dez sessões do julgamento não terá permitido reunir as provas suficientes para pedir a pena máxima para Fernando Valente.
O advogado, que representa André Pataca, viúvo de Mónica Silva, bem como os dois filhos menores do casal, de 15 e 13 anos, solicitou indemnizações cíveis que, segundo as suas contas, serão superiores a meio milhão de euros, calculou, à porta do Palácio da Justiça de Aveiro, antes das alegações finais do julgamento.
Para António Falé de Carvalho, o arguido, Fernando Valente, além de ter assassinado Mónica Silva e o seu bebé, já com todas as condições para nascer saudavelmente, deixou órfãos dois adolescentes, que não conseguem ultrapassar a morte da mãe.
O sofrimento de Celeste Barbosa e de Alfredo Silva, pais de Mónica Silva, tal como dos seus irmãos, António, Sara e Sandra, sempre muito unidos, foi destacado esta manhã pelo defensor.