O advogado de Pinto da Costa, Gil Moreira dos Santos, disse, esta sexta-feira, nas alegações finais do "caso envelope" do Apito Dourado que "não há certezas, nem indícios" de corrupção e que espera "justiça".
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"Chegamos ao momento da decisão, da verdade, em que não há certezas, nem indícios, apesar da paixão da defesa, espero que a justiça venha da sua pena, Sua Excelência", disse Gil Moreira dos Santos dirigindo-se ao tribunal.
O advogado referiu ainda a imprudência de Pinto da Costa em receber em casa o árbitro Augusto Duarte, mas salientou que é preciso provar que houve acto ilícito.
"Receber Augusto Duarte em casa é algo imprudente, mas é preciso que se prove que houve acto ilícito", referiu.
Também hoje, o Ministério Público já tinha pedido a condenação do presidente do F. C. do Porto, Pinto da Costa, do empresário António Araújo e do árbitro Augusto Duarte.
O Ministério Público considerou terem ficado provadas as suspeitas de corrupção relacionadas com os três arguidos.
O processo é um apêndice do megaprocesso "Apito Dourado" e tem como génese casos de alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem portuguesa.
O "caso do envelope" reporta-se ao encontro Beira-Mar-FC Porto (0-0), da 31.ª jornada da Liga de 2003/04, realizado em 18 de Abril.
Pinto da Costa e António Araújo estão pronunciados pelo crime de corrupção desportiva activa, enquanto ao árbitro Augusto Duarte é imputado o crime de corrupção desportiva passiva.