Agente da PSP nega ter amigo no FBI que o tenha ajudado a vigiar a ex-mulher
A Relação de Évora agravou as medidas de coação a um polícia do Corpo de Intervenção do Comando da PSP de Faro que em abril foi detido no local de trabalho por suspeitas de perseguir e controlar a ex-companheira. O agente estava com termo de identidade e residência, mas agora ficou proibido de se aproximar da vítima.
Corpo do artigo
No recurso, o Ministério Público (MP) sustentava que havia suspeitas de que o polícia rastreava o telemóvel da vítima, não só para a localizar, como também para ouvir e ver as conversas que aquela trocava com terceiros. Mas o arguido negou ter avançados conhecimentos informáticos assim como um amigo que terá pertencido ao FBI (polícia norte-americana) e que a vítima dizia ter-lhe transmitido conhecimentos sobre como a vigiar. Criticou também que, sendo uma investigação que já decorria há mais de dois anos, “seria expectável que o MP já tivesse identificado e localizado tal indivíduo, o que não aconteceu”.
O polícia e a alegada vítima, personal trainer de profissão, casaram em janeiro de 2017 e, cerca de um ano depois, tiveram uma filha. Desde sempre, a relação foi pautada por discussões constantes, mas, com o afastamento da vítima, a situação acalmou. Em abril de 2020, esta regressou ao Algarve e reatou a relação com o arguido, mas, em abril de 2021, voltaram as discussões diárias entre o casal, razão que levou a ofendida a avançar com o divórcio, o que aconteceu em fevereiro de 2022.