Os dois agentes da PSP detidos, em Lisboa, por suspeitas de tortura, ofensas à integridade física, peculato, e falsificações, ficaram em prisão preventiva. A decisão foi tomada por um juiz de instrução criminal, que considerou existir perigo de continuação da atividade criminosa e perturbação do inquérito.
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A denúncia havia partido da Direção Nacional da PSP e os policias foram detidos na quinta-feira (dia 10 de julho) numa operação liderada por procuradores do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Foram realizadas buscas em várias esquadras da PSP, incluindo as do Rato e do Bairro Alto, bem como nas residências dos detidos.
Os agentes, em início de carreira, são suspeitos de agredir pelo menos um homem no interior da esquadra do Rato, agressão que terá sido filmada com um telemóvel e que Ministério Público entende ter contornos de tortura.
Sobre o caso, Luís Carrilho, diretor nacional da PSP, afirmou que “sempre que há indícios que correspondam à prática [de crime] - seja de policias ou não - a nossa lealdade é à lei e à Constituição da República”, disse, garantindo que “a população portuguesa e quem vive em Portugal pode continuar a contar e confiar na PSP”.