É um dos trunfos da investigação. Um dos quatro arguidos, acusados de terem espancado o zelador de Villas-Boas para lhe roubar o carro, filmou-se, no final da noite de assaltos, no interior da viatura da vítima. Os quatro arguidos vão responder em tribunal por crimes de roubo, furto e dano, além de condução ilegal.
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Tal como o JN avançou ontem em primeira mão, Daniel, Nuno, Rafael e Rui “Neco”, estes dois últimos atualmente em prisão preventiva, foram acusados de agredir o zelador do atual presidente do F. C. Porto para lhe roubar o Opel Corsa. A investigação que não reuniu prova de qualquer motivação clubística no crime estabeleceu que os arguidos começaram a noite de assaltos na churrasqueira “Grelhados do Candal”, em Gaia, para levar uma televisão e bebidas alcoólicas.
Seguiram para o Porto, onde assaltaram diversos carros estacionados na via pública.
Já depois das 4.30 horas é que foram para a Rua Feliciano Castilho, onde viram o zelador dentro do Opel Corsa. A vítima estava à porta da casa de Villas-Boas porque, horas antes, tinham sido rebentados petardos no local. Espancaram-no e roubaram o carro, além de documentos e um telemóvel.
Dali seguiram para a zona da Foz e mais tarde para Matosinhos, onde continuaram a série de assaltos. Após os crimes, seguiram para a VCI, onde “Neco” começou a gravação com o telemóvel, que foi apreendido pela PSP.
Inicialmente, os arguidos foram suspeitos de estarem influenciados por motivos clubísticos no espancamento do zelador. Porém, a investigação não encontrou prova que sustentasse essa tese.
“Qualquer alegação de que os factos ilícitos de 22 de novembro de 2023 teriam sido praticado com motivações clubísticas estaria, com toda a certeza, condenado a soçobrar em sede de julgamento”, explica o Ministério Público, que determinou o arquivamento do caso das pichagens e da difamação a Villas-Boas.