Aliança Evangélica demarca-se de pastor e ministra acusados de fazer negócio com imigrantes
A Aliança Evangélica Portuguesa demarcou-se hoje do pastor e da ministra de culto de uma igreja do Seixal acusados de auxílio à imigração ilegal. Estes terão forjado documentos para facilitar a entrada de estrangeiros em Portugal e terão alojado os mesmos em espaços sem condições para obter “avultados lucros”.
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Na acusação, revelada na semana passada, o Ministério Público indicou que o arguido "criou uma igreja evangélica, da qual se instituiu presidente e na qual a arguida, sua esposa, é ministro de culto e tesoureira". Acusou-os de 13 crimes de auxílio à imigração ilegal e 13 de falsificação de documentos.
Esta segunda feira, a Aliança Evangélica Portuguesa, em comunicado, "vem apresentar o seu repúdio pelas praticas reportadas e informar que a dita instituição não pertence à Aliança Evangélica Portuguesa, nem tão pouco, as praticas reportadas permitiriam a respetiva inscrição".
De acordo com nota do Ministério Público, os arguidos aproveitaram-se “dos contactos que tinham através da Igreja Evangélica, da credibilidade que a condição de pastores e ministros de culto lhes conferia entre os crentes e, por outro lado, da vulnerabilidade dos cidadãos estrangeiros, na maioria brasileiros, e da precariedade em que se encontravam, propícia a que aceitassem as condições que lhes apresentavam”.
A Aliança Evangélica Portuguesa vem agora considerar, em comunicado, "desadequadas as notícias de manchete evocando a expressão evangélicos, igreja evangélica ou pastores evangélicos, pois são genéricas e, por isso, afetam a honra, a dignidade e a credibilidade de todas as igrejas evangélicas, de todos os pastores evangélicos e de todos os evangélicos, que não se reveem nas práticas noticiadas".