Álibi de autor de fogo que matou dois sem-abrigo no Seixal não o livra da pena máxima
O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) desvalorizou o álibi do arguido e manteve os 25 de prisão a que foi condenado em primeira instância pelo duplo homicídio de um casal, em 2024, no Seixal. O homicida pegou fogo ao imóvel devoluto onde dormiam as vítimas e impediu que fugissem, bloqueando a saída.
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Paulo Aguiar, o autor do homicídio de Gertrudes da Costa e António Alves, de 48 anos e 53 anos, foi identificado por um grupo de raparigas a quem confessou, num parque público na Amora, que “tinha morto duas pessoas que não faziam falta”, ateando o fogo ao local onde dormiam. O homem, de 32 anos, pediu até às jovens que o seguissem nas redes sociais, mostrando-lhes o seu perfil digital. Elas começaram por não valorizar as palavras do homem, mas, pouco depois, aperceberam-se do incêndio num antigo externato na Cruz de Pau e denunciaram o homicida às autoridades.
Paulo Aguiar fugiu. Passou pelo Porto, por Braga, Figueira da Foz, Vendas Novas e Espanha. Mas, ao fim de três meses, em agosto, foi capturado. Acabou por ser condenado à pena máxima, mas recorreu para a Relação de Lisboa, argumentando que as raparigas do parque erraram na sua identificação. Na noite do duplo homicídio, estava na casa do seu patrão, alegou.