Amadeu Guerra, antigo diretor do departamento que investiga a criminalidade económico-financeira mais complexa, foi, esta sexta-feira, nomeado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para suceder a Lucília Gago como procurador-geral da República, o líder máximo do Ministério Público.
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A cerimónia de posse vai ter lugar no Palácio de Belém, em Lisboa, a 12 de outubro, pelas 12.30 horas, no dia seguinte ao término do mandato de seis anos cumprido por Lucília Gago.
Amadeu Guerra, de 69 anos e jubilado desde julho de 2020, liderou entre 2013 e 2019 o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual lidou com processos mediáticos como a Operação Fizz - que culminou com a condenação por corrupção do procurador Orlando Figueira-, a Operação Marquês, na qual o ex-primeiro-ministro José Sócrates é o principal arguido, ou os inquéritos do Universo Espírito Santo. O caso dos Vistos Gold, no âmbito do qual o ex-ministro Miguel Macedo acabou absolvido, foi outros dos casos que correram no DCIAP enquanto Amadeu Guerra esteve à frente do departamento.
Natural de Tábua, o novo procurador-geral da República nasceu em janeiro de 1955, licenciou-se em Direito em Coimbra, acabando por rumar a Lisboa, onde passou pelo Tribunal do Trabalho e pelo Tribunal da Boa-Hora. Em julho de 2020, quando se jubilou, era procurador-geral regional de Lisboa e estava há alguns meses de baixa médica.
Agora, sai da jubilação, por proposta do Governo de Luís Montenegro e nomeação de Marcelo Rebelo de Sousa, para suceder a Lucília Gago, de 68 anos.