A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género denunciou o ex-presidente do Sporting, há três meses, por "comportamento ameaçador" sobre a namorada, no programa Big Brother. Liliana Almeida ameaçou com uma greve de fome, se a queixa não fosse retirada, mas o crime é público e o Ministério Público continua a investigar.
Corpo do artigo
Três meses depois de ter recebido uma denúncia da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) contra Bruno de Carvalho por violência doméstica sobre outra concorrente do programa Big Brother, a cantora Liliana Almeida, o Ministério Público (MP) continua a investigar o ex-presidente do Sporting, adiantou, ao JN, fonte oficial da Procuradoria-Geral da República. O inquérito está em segredo de justiça.
Há três meses, o casal - que iniciou o relacionamento no programa de famosos, transmitido pela TVI, e entretanto ficou noivo - contestou que tenham existido comportamentos abusivos.
Liliana Almeida chegou mesmo a ameaçar fazer uma greve de fome caso a queixa não fosse retirada, mas, como a violência doméstica é um crime público, a sua oposição não travou a investigação, a correr desde então na Secção Especializada Integrada de Violência Doméstica (SEIVD) de Sintra.
Imagens online
A denúncia foi apresentada, segundo esclareceu à data a CIG, na sequência na divulgação nas redes sociais de vídeos da participação do casal no Big Brother, nos quais "se pode assistir ao comportamento ameaçador" de Bruno de Carvalho "para com a sua namorada". O ex-presidente do Sporting terá mesmo chegado a agarrar o pescoço de Liliana Almeida "de forma indelicada e evidentemente desconfortável".
De acordo com o Código Penal, o crime de violência doméstica é punível com pena de prisão até cinco anos. Além de poder ser denunciado por qualquer pessoa, existem ainda várias linhas de apoio à vítima, entre as quais o 800 202 148, gerido pela CIG e disponível durante todo o ano, 24 horas por dia. A chamada é gratuita e confidencial.
