Um homem começou a queixar-se, em 2016, dos barulhos que vinham da casa da vizinha, com quem dividia o prédio, na Amora, Seixal, há 20 anos. A situação tomou contornos mais violentos e o homem passou a persegui-la, tirar-lhe fotografias ilícitas e a ameaçá-la de morte na rua.
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O homem foi agora detido e vai responder em tribunal por um crime de perseguição agravado e um crime de fotografias ilícitas. A investigação ao caso começou com uma queixa formalizada pelo agressor contra a vizinha, por ruído.
Julgando que estava a reunir provas contra a vizinha, o homem enviou ao inquérito que corria na justiça uma fotografia que tirou à mulher sem a sua permissão e algumas das ameaças que fez. O MP não considerou o material enviado pelo homem como provas contra a vizinha, mas contra o próprio, e por crimes de perseguição e fotografias ilícitas.
A investigação apurou que, apesar de as queixas por barulho terem começado em 2016, a partir de 2019, as abordagens à ofendida terão adquirido maior gravidade e frequência.
O homem foi detido e presente ao Tribunal do Seixal para aplicação de medidas de coação. Tendo em conta o comportamento do arguido, o juiz de Instrução Criminal determinou que ficasse sujeito a apresentações periódicas, proibição de contactos com a vítima e de proibição de detenção de arma.