O líder do Chega, André Ventura, quer expulsar do partido o dirigente Nuno Pardal Ribeiro, que foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados.
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Na manhã desta quinta-feira, no Parlamento, o presidente do partido foi questionado sobre se os factos imputados ao deputado municipal de Lisboa demissionário eram suficientemente graves para ser expulso do Chega e André Ventura respondeu afirmativamente.
“Sejam membros do partido, dirigentes, deputados municipais, autarcas, seja o que for. Crimes desta gravidade têm de ter uma consequência imediata”, disse Ventura, visivelmente incomodado com a sucessão de casos criminais envolvendo elementos do partido.
Depois de garantir que o Chega pratica a “tolerância zero” para com o crime, Ventura atirou-se ao PS, ressuscitando suspeitas que foram arquivadas no caso “Casa Pia”.
“Houve outros que protegeram o Dr. Paulo Pedroso, o Dr. Ferro Rodrigues e casos parecidos. Eu não sou assim. Eu vou exigir consequências desde este primeiro momento”, garantiu Ventura, que também fez uma achega ao PSD.
“O Miguel Albuquerque está indiciado por corrupção. Luís Montenegro mantém-no à frente da candidatura para o PSD da Madeira e para as regionais da Madeira. Nós temos casos como este e outros, e o que eu digo é que estes elementos não podem ser candidatos a nada. Têm que sair”, reiterou.
De acordo com o jornal "Expresso", os dois crimes de prostituição de menores agravados pelos quais Nuno Pardal foi acusado foram cometidos contra um rapaz de 15 anos, que conheceu no Grindr, uma aplicação de encontros direcionada para a comunidade LGBTQIA+.
Depois do caso ter sido tornado público, Pardal demitiu-se da vice-presidência da distrital de Lisboa do partido e renunciou ao mandato de deputado municipal.