Um antigo militar da GNR é acusado de chefiar um esquema que envolve mais 14 pessoas e seis empresas suspeitos de burlas a 50 empresários, com prejuízos de mais de 1,7 milhões de euros. Com cheques falsos compravam maquinaria que vendiam a preços baixos, enganando os clientes. O julgamento começa esta segunda-feira.
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Francisco Pardal, 57 anos, de Alandroal, prestou serviço em Évora até 2003 e está a cumprir uma pena de nove anos e meio de cadeia por burlas semelhantes. No despacho de acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o antigo guarda está agora acusado de cerca de uma centena de crimes de burla qualificada, falsificação, branqueamento de capitais e roubo, num caso que tem mais 21 processos anexados.
Com a colaboração de Joaquim Cardoso, apontado como o seu “braço direito”, Pardal e o seu grupo implementaram, entre maio de 2012 e julho de 2018, um esquema que passou pela criação de empresas – duas das quais com sede num estabelecimento de diversão noturna em Lisboa – abertura e encerramento de contas bancárias em Portugal e utilização de cheques emitidos a partir de Espanha.