Três meses depois, ainda não são conhecidos os resultados do inquérito urgente aberto pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) para apurar o estado em que se encontram as viaturas utilizadas pela Divisão de Loures da PSP.
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A 21 de agosto, o organismo responsável pela fiscalização da atividade das polícias, dirigido pela juíza desembargadora Anabela Cabral Ferreira, determinou a abertura de um inquérito para apurar em condições estavam as viaturas para circularem na via pública e se os agentes policiais dessa Divisão eram obrigados, pelos seus superiores hierárquicos, a usarem essas viaturas.
A IGAI queria saber ainda quantos carros-patrulha existiam para toda a área territorial da Divisão e se a Equipa de Intervenção Rápida dispunha de veículos para o exercício da sua ação policial. Questionada esta segunda-feira pelo JN, a IGAI esclareceu que o inquérito está "em fase de finalização".
Sindicato apontou para carros a circular com "graves deficiências"
Uma agente da PSP, recorde-se, morreu a 10 de agosto e outros três agentes ficaram feridos num despiste de um carro-patrulha em que seguiam em Sacavém, Loures. Após o acidente, o Sindicato Independente dos Agentes da Polícia denunciou que a divisão da PSP de Loures estava sem carros suficientes para responder a ocorrências, considerando tratar-se de "uma situação caótica que coloca em causa a segurança das populações".
Também a Associação Sindical Autónoma de Polícia solicitou, na altura, à Inspeção-Geral da Administração Interna a verificação da viatura policial em que seguia a agente Teresa Roldão, que veio a falecer. O pedido de verificação estendia-se igualmente a todas as viaturas da Divisão Policial de Loures, sob o pretexto de que, nos últimos anos, verificara-se nas esquadras daquela Divisão "um aumento de viaturas automóveis acidentadas, outras viaturas a circular com graves deficiências e outras esquadras privadas do policiamento auto por falta de viaturas”.