A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria e a Guardia Civil apreenderam mais de duas toneladas de cocaína e 150 mil euros em dinheiro a uma "importante" organização criminosa, de caráter transnacional, que se dedicada ao tráfico de droga, vinda da América do Sul, por via marítima, e camuflada em contentores de mercadorias de peles bovinas. No total, 19 pessoas foram detidas.
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Segundo a PJ, a última fase desta operação decorreu esta semana exclusivamente em território espanhol, nas províncias de Pontevedra, Barcelona, Ourense, Guadalajara e Madrid, tendo sido detidas 12 pessoas, às quais se somam outras sete detenções já concretizadas no passado.
"Anteriormente já haviam sido realizadas, em Portugal, seis buscas domiciliárias e duas não domiciliárias, no decorrer das quais foram apreendidos cinco veículos de gama alta, quatro armas de fogo, diversos aparelhos de comunicações e equipamentos de inibição e contra vigilância", informou, esta sexta-feira, a força policial, que, nesta ação, contou com a colaboração da agência norte-americana DEA, da Europol e das autoridades da República Dominicana.
De acordo com a Polícia Judiciária, a investigação iniciou-se em setembro de 2024 quando a Unidade Central Operativa da Guardia Civil tomou conhecimento da existência de um grupo criminoso que introduzia cocaína na província de Pontevedra, a partir de Portugal.
"A droga, distribuída em Espanha, era transportada por via terrestre a partir do nosso país, utilizando viaturas com sofisticados sistemas de ocultação, para tornar mais seguro o seu transporte", precisou a PJ, adiantando que, na província de Pontevedra, "a organização dispunha de um número significativo de imóveis, utilizados como casas de recuo, onde escondiam o produto estupefaciente até à sua distribuição, por diferentes pontos do território espanhol."
A força policial referiu também que, apesar de vários suspeitos se dedicarem a esta atividade de "forma sistemática" há vários anos, devido à sua "vasta experiência criminosa" e às "ativas medidas de segurança adotadas", conseguiam sempre escapar ao radar das autoridades e das agências de combate ao tráfico de droga.