Apreensões de drogas duras pelas diferentes polícias voltaram a aumentar em 2024, ao contrário das da resina de canábis, produzida sobretudo em Marrocos.
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Num ano em que as apreensões de droga em Portugal voltaram a aumentar, com destaque para a cocaína e para a heroína, só os resultados relativos ao haxixe destoaram. As 7,3 toneladas apreendidas no ano passado representam uma descida de 80% relativamente a 2023 e é o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Mas, para a Polícia Judiciária (PJ), este decréscimo não significa que haja menos tráfico de haxixe.
“Parte significativa das apreensões de haxixe em 2023 aconteceram em operações realizadas em águas internacionais e o produto estupefaciente não tinha como destino Portugal. Para evitar estas operações policiais, as organizações criminosas alteraram as rotas do tráfico e ainda está a decorrer uma adaptação”, explica, ao JN, o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da PJ, Artur Vaz, que, ontem, apresentou o relatório anual “Combate ao tráfico de estupefacientes em Portugal”.