PSP revela que apreensões de petardos e very lights duplicaram. Apesar das coimas pesadas, adeptos prevaricam para obter notoriedade dentro dos grupos organizados.
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A utilização massiva de material pirotécnico, como petardos ou very lights, nos estádios de futebol ou nas imediações dos principais relvados da Liga portuguesa é o fenómeno que mais preocupa as autoridades especializadas na luta contra a violência no desporto. Em relação aos anos anteriores, verificou-se uma “explosão” de apreensão de material pirotécnico efetuada pela PSP, que admite um crescimento de ocorrências em recintos desportivos, ligada ao uso de petardos. Ao mesmo tempo, regista-se uma drástica redução das detenções, explicada com uma maior prevenção e monitorização do fenómeno, aliada a operações de desmantelamentos de grupos considerados violentos.
Os dados, fornecidos ao JN pela PSP, que tem a cargo o policiamento dos jogos de futebol com maior número de adeptos, não deixam margem para dúvidas. Enquanto que na época 2022/2023 foram contabilizados 2814 casos de posse ou uso de artefacto pirotécnico, na época passada o número disparou para 5466, ou seja um aumento de quase 100%.