O advogado de João Lopes, um dos arguidos da Operação Babel, que investiga o alegado pagamento de luvas em troca da viciação de licenciamentos urbanísticos em vários empreendimentos, requereu ao Tribunal de Gaia que lhe fossem facultadas cópias dos blocos de notas e outros apontamentos apreendidos durante as buscas.
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Considerados essenciais pela sua defesa, o defensor alertou assim o Tribunal de Vila Nova de Gaia de que João Lopes so se pronunciará caso tenha acesso a esses documentos que, segundo disse, são as suas memórias do período em causa no julgamento.
Recorde-se que o advogado João Lopes terá tido, segundo a acusação, um papel importante, pois seria o intermediário entre o ex-vice de Gaia, Patrocínio Azevedo, e os empresários Paulo Malafaia e Elad Dror.
Diz a acusação que foi o advogado, em prisão domiciliária desde maio de 2023, que levaria envelopes com dinheiro, num total de 120 mil euros, dos empresários para o autarca, em troca de facilidades urbanísticas. Patrocínio nega e apelidou João Lopes de "sem carácter".