Os cinco arguidos do processo da alegada corrupção nos Transportes Urbanos de Braga decidiram, esta tarde, prestar declarações à juíza de instrução criminal de Braga, pelo que se prevê uma longa maratona processual, que poderá mesmo entrar pela noite.
Corpo do artigo
A juíza Magda Cerqueira leu um despacho de indiciação, com cerca de uma centena de páginas, onde se resumem todos os crimes imputados aos arguidos: alegada corrupção no comércio internacional e casos de gestão danosa na administração autárquica - a Câmara Municipal de Braga e os Transportes Urbanos de Braga (TUB).
Depois de ouvirem o despacho, da autoria da procuradora da República do DIAP de Braga, Nélia Alves, os arguidos decidiram então prestar declarações, "a fim de, pela primeira vez, darem a sua versão sobre todos os factos que agora lhes acabaram de ser imputados", conforme revelaram esta tarde ao JN fontes ligadas à Defesa dos arguidos.
Para além de Vítor de Sousa, anterior vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, foram detidos a ex-administradora dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) e antiga adjunta do ex-presidente Mesquita Machado, Cândida Serapicos, o alemão Patrick Gotze, administrador da MAN Ibérica.
A PJ deteve ainda Luís Paradinha, o diretor comercial da MAN Portuguesa, assim como Luís Vale, diretor de serviços dos TUB quando Vítor de Sousa foi presidente dos TUB, antes de ter sido o número dois de Mesquita Machado.