Uma lancha rápida foi encontrada, nesta quarta-feira, num armazém situado nas imediações dos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz. A embarcação estava completamente atestada e pronta para sair para o mar para, suspeitam as autoridades, recolher fardos de droga. Ninguém foi detido numa operação levada a cabo pela Autoridade Marítima Nacional e pela Polícia Judiciária.
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Foi tudo muito rápido. Durante esta quarta-feira, uma denúncia alertou a Autoridade Marítima Nacional para movimentações suspeitas junto a um dos armazéns existente junto aos estaleiros navais (e não, como o JN avançou, numa das estruturas administradas pelos Estaleiros Navais do Mondego). Rapidamente, elementos desta entidade deslocaram-se para o local e confirmaram a denúncia.
A Polícia Judiciária foi, então, alertada e todos montaram uma operação de vigilância ao armazém enquanto aguardavam pela emissão do mandado a autorizar a entrada e busca ao local. Essa autorização chegou durante a tarde e quando os polícias entraram no armazém encontraram-no sem ninguém. Contudo, confirmaram que o local escondia uma embarcação de alta velocidade, conhecida pelo nome "lancha voadora" e utilizada, normalmente, pelos cartéis para recolher fardos de droga deitados à água em alto mar.
O barco tinha os depósitos totalmente atestados e estava pronto a sair para o mar. No armazém estavam ainda cerca de 20 bidões, já vazios, e que as autoridades desconfiam que serviram para transportar o combustível usado para abastecer a lancha rápida.
A investigação do caso ficou a cargo da Polícia Judiciária, que tentará descobrir a quem pertencia o armazém e a embarcação.
Nota de redação: Esta notícia foi modificada às 18.50 horas de quinta-feira. Contrariamente ao que o JN escreveu, com base num comunicado da Autoridade Marítima Nacional, o armazém que escondia a lancha rápida não é propriedade, nem é gerido pelos Estaleiros Navais do Mondego. Esta entidade não tem qualquer envolvimento com o caso em investigação.