Um diferendo sobre o arrendamento de um quarto na cidade do Porto motivou uma violenta agressão, que deixou o dono da residência e um amigo gravemente feridos.
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Os dois homens foram agredidos à martelada em outubro do ano passado e o mentor do ataque, depois de meio ano em paradeiro desconhecido, foi detido na tarde desta quinta-feira, pela Polícia Judiciária (PJ). Levado a tribunal, foi libertado com a obrigatoriedade de se apresentar três vezes por semana na esquadra da PSP.
Com 33 anos, o magrebino, que apresentou a manifestação de interesse e estava, por esse motivo, em situação regular em Portugal, ficou convencido por um anúncio e, em outubro do ano passado, decidiu deslocar-se ao local descrito para arrendar o quarto. Recebido pelo dono da casa, viu as instalações, ficou desiludido e mostrou desagrado, alegando que o que estava anunciado não correspondia à realidade encontrada.
A discussão com o senhorio foi breve e não envolveu qualquer ato violento. Contudo, três a quatro horas depois, o homem, na companhia de dois amigos, regressou ao quarto, situado no centro da Invicta, e todos agrediram o proprietário.
A PJ revela que as agressões foram feitas com “recurso a um martelo” e que as vítimas foram atingidas “na zona da cabeça”. “A agressão provocou-lhes lesões graves que exigiram assistência hospitalar”, descreve um comunicado da Judiciária e o JN apurou que uma das vítimas foi suturada em várias zonas da cabeça.
Vítimas conseguiram fugir para a rua
O desfecho só não foi mais trágico, porque as vítimas, ensanguentadas, conseguiram fugir para a rua e pedir ajuda a algumas das pessoas que ali passavam e foram protegidas. Os agressores também fugiram do local e, apesar das diligências feitas pela PJ, o mentor do ataque nunca mais foi visto na cidade do Porto. Até ao final do mês passado.
Nessa altura, os inspetores conseguiram recolher algumas pistas sobre o paradeiro do suspeito e, na tarde de quinta-feira, conseguiram detê-lo. O foragido, que não tem antecedentes criminais em Portugal, caminhava numa rua do Porto quando foi abordado e não resistiu à detenção.
Durante esta sexta-feira foi levado a tribunal para ser interrogado pelo juiz. No final, foram decretadas as medidas de coação, que obrigam o suspeito a apresentar-se três vezes por semana na esquadra da PSP.