O Tribunal determinou que Armando Pereira, cofundador da Altice acusado de corrupção e branqueamento na Operação Picoas, prestasse uma caução de dez milhões de euros para deixar a prisão domiciliária. É a mais alta de sempre. A mais aproximada, de seis milhões, foi imposta ao ex-ministro da Economia Manuel Pinho.
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Álvaro Sobrinho
No ano passado, o empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho pagou uma caução de seis milhões de euros para poder circular no espaço europeu enquanto decorre o inquérito em que é suspeito de ter desviado mais de 500 milhões do BES Angola, ao qual presidiu.
Joe Berardo
Joe Berardo, também em 2021, efetuou um depósito de cinco milhões de euros num julgamento em que estava acusado de burla, branqueamento, fraude e abuso de confiança. O mesmo valor foi determinado para Ricardo Oliveira, arguido por fraude fiscal no processo BPN.
Luís Filipe Vieira e Ricardo Salgado
Tanto a Luís Filipe Vieira, acusado de fraude fiscal e falsificação de documentos, como a Ricardo Salgado, acusado, entre outros crimes, de associação criminosa e corrupção ativa, foi imposta uma caução de três milhões de euros, respetivamente em 2023 e 2015. Ambos os arguidos conseguiram, posteriormente, reduzir este valor.
Elad Dror, Mexia e Manso Neto
Elad Dror, administrador do grupo Fortera detido no âmbito da operação Babel por recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção ativa e passiva, prevaricação e abuso de poder, ficou obrigado a depositar um milhão de euros, para ficar em liberdade. Ao mesmo valor tinham também ficado sujeitos António Mexia e João Manso Neto, acusados de corrupção no caso EDP, mas mais tarde foi anulada.
Jaques Rodrigues
Também este ano, o empresário da comunicação social Jaques Rodrigues prestou caução de 500 mil euros num caso em que estava acusado de fraude fiscal.
Armando Vara
Armando Vara, arguido por corrupção e branqueamento na Operação Marquês, em 2019, tinha ficado obrigado a pagar 300 mil euros, valor este que foi anulado.