ASAE trava rede ibérica de contrafação e apreende 2,5 milhões de euros em sapatilhas Nike na Maia
Num armazém da Maia, a ASAE apreendeu mais de 25 mil sapatilhas da Nike contrafeitas a uma organização criminosa internacional. A mercadoria, avaliada em 2,5 milhões de euros, ia ser distribuída pela Europa. Dois homens foram detidos.
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É uma apreensão recorde. Na quarta-feira, os inspetores da ASAE apanharam em flagrante dois contrabandistas, de nacionalidade marroquina mas com residência em Espanha. Os indivíduos estavam a carregar as mais de 25 mil sapatilhas em duas carrinhas de alta cilindrada.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, as contrafações tinham uma qualidade superior e, a olho nu, eram idênticas às originais. Eram réplicas da série “Air Jordan”, que ostentavam medalhas e selos de autenticidade, semelhantes às originas que podem custar até 1400 euros.
“Este grupo operava por via aérea e terrestre, recorrendo a transportadoras internacionais, pagamentos digitais, moradas e identidades falsas, para introduzir na Península Ibérica produtos contrafeitos e falsificados. Estes artigos eram posteriormente distribuídos nos mercados regulares de Portugal e Espanha, onde eram vendidos a preços elevados como se fossem legítimos e autênticos”, adiantou, este sábado a ASAE, em comunicado.
As carrinhas são de transporte de passageiros, mas foram adaptadas para poderem servir os propósitos da rede criminosa internacional. Tinham vidros fumados para evitar que se pudesse ver o que havia lá dentro.
Os dois detidos já foram libertados e a ASAE precisa que “a contrafação constitui um crime precedente do branqueamento de capitais e está frequentemente associado a infrações do foro tributário, laboral e ambiental”.
A Brigada das Práticas Fraudulentas da Unidade Regional do Norte da ASAE que batizou a operação de “Olimpo”, imputa crimes de crime de contrafação e imitação e uso ilegal de marca aos dois detidos.