Hora e meia de ansiedade junto a ourivesaria acaba com captura de dois assaltantes, desarmados, que se renderam à PSP. Sequestrada escapou ilesa.
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Durante uma hora e meia, dois assaltantes mantiveram refém uma funcionária da ourivesaria Crisálida, em plena Avenida Dr. Lourenço Peixinho, no centro de Aveiro, este sábado à tarde. Cercados pela PSP e sem escapatória, os ladrões acataram as indicações da Polícia e acabaram por libertar a vítima, rendendo-se pouco depois.
Cerca das 15.30 horas, os assaltantes, de 42 e de 50 anos - primeiro identificados como russos, depois ucranianos e, ao principio da noite, em comunicado da PSP, com de "nacionalidade indeterminada" -, entraram na ourivesaria Crisálida para a assaltar, apesar de não levarem armas de fogo. Sem saberem falar português, à funcionária da loja exigiram apenas "prata".
Reviraram toda a loja, escolheram bens, e obrigaram a mulher a ficar sentada. Ao mesmo tempo, segundo o relato da vítima, falaram várias vezes ao telemóvel com alguém que as autoridades acreditam ser um cúmplice.
Segundo o JN apurou, naquela altura um dos filhos do dono da ourivesaria ia entrar ao serviço e apercebeu-se, através das imagens de videovigilância, que algo não estava bem, alertando a PSP, que chegou depressa.
A polícia montou um perímetro de segurança com vários metros e cercou as imediações do estabelecimento, impedindo a fuga dos dois homens, que se mantiveram no interior da loja com a funcionária. "O filho do dono estava muito aflito, com medo do que pudesse acontecer à funcionária. Mas o certo é que, de repente, a senhora foi libertada e saiu calmamente da loja", contou António Augusto Pires, vizinho da ourivesaria.
O assalto terminou logo após a libertação da refém, com a entrada na ourivesaria do intendente Fernando Lopes, da PSP de Aveiro. "Pelas imagens, achávamos que não tinham armas. E eu espreitei pela montra e vi que eles levantaram os braços. Acabou por não ser necessária negociação", explicou mais tarde o intendente.
Bens atirados para a sanita
Segundo o JN apurou, em cima da mesa estava a possibilidade de os assaltantes terem descartado, através da sanita da loja, alguns bens em ouro e outras joias que já tinham subtraído - bem como uma eventual arma branca -, para não serem apanhados com eles aquando da detenção. Mas essa hipótese só seria confirmada quando os proprietários da ourivesaria conseguissem fazer o inventário de todos os artigos expostos na loja e avaliassem se faltava alguma coisa.