Indivíduo foi acolhido há quatro anos pela família iraniana e nunca trabalhou. Asfixiou a vítima para ter a certeza que estava morta. Já está em preventiva.
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Uma mulher, de 61 anos, faleceu às mãos do irmão, que esmurrou e pontapeou a vítima na cabeça, ao ponto de ficar irreconhecível. O homicídio aconteceu no final de tarde de anteontem, na casa da irmã, na Quinta do Conde, em Sesimbra, onde o indivíduo foi acolhido há quatro anos. O agressor, entretanto detido pelas autoridades e colocado em prisão preventiva, ia ser expulso de casa pela irmã, por não trabalhar.
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A família, de origem iraniana, composta pela mulher, marido e filha, vivia na Rua José Relvas há vários anos e, há quatro, acolheu o irmão. Este quis sair do Irão em busca de melhores condições de vida. O homem nunca arranjou qualquer trabalho e vivia à custa do cunhado e da irmã, situação que motivava frequentes discussões.
Na sexta-feira, quando os dois irmãos estavam sozinhos em casa, iniciou-se nova discussão. A mulher pediu ao irmão para sair de casa, recusando-se a sustentá-lo mais tempo. Ele revoltou-se e agrediu-a violentamente a murro e a pontapé, na sala de estar da habitação. Depois de inanimada, para se certificar que a mulher estava morta, asfixiou-a e depois saiu de casa.
O marido da vítima chegou a casa pelas 18.30 horas e ao ver o corpo da mulher numa poça de sangue, entrou em pânico. Saiu para a rua aos gritos, pediu auxílio aos vizinhos e alertou as autoridades.
No local, a GNR e a Polícia Judiciária de Setúbal identificaram logo o irmão como principal suspeito.
Às 21 horas, o suspeito passou de carro pela residência, para perceber se havia movimento policial e pôs-se logo em fuga. As autoridades partiram no seu encalço. Percorreu cerca de um quilómetro em marcha lenta até que foi intercetado pela GNR e PJ.
Foi detido pelo crime de homicídio qualificado. Um juiz colocou-o em prisão preventiva.
Pormenores
Cortou os pulsos
Após cometer o crime, o suspeito saiu de casa e vagueou na zona. Tentou cortar os pulsos, mas os ferimentos não eram profundos. Foi assistido no Hospital de Setúbal.
Vizinhos sem queixas
Os vizinhos do casal iraniano desconheciam a existência de quaisquer distúrbios dentro da casa.