Associação dos polícias em frente ao Ministério das Finanças para exigir pré-aposentação
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) irá promover uma concentração de polícias em frente ao Ministério das Finanças, na sexta-feira da próxima semana. Também irá entregar uma petição, com quatro mil assinaturas, no Parlamento.
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Os atos de protesto serão realizados para exigir ao Governo a publicação da lista de polícias que podem ir para a pré-aposentação.
“Há milhares de profissionais que cumprem requisitos e demonstraram (por via de requerimento) desejo de passar à pré-aposentação, não lhes sendo dada qualquer satisfação, criando-lhes angústia e uma gritante desmotivação. Com os constantes bloqueios, os profissionais previstos sair em 2024 ainda não viram essa garantia, apesar de estar já a finalizar o mês de janeiro de 2025”, justifica a ASPP/PSP.
Ainda segundo o sindicato, “os sucessivos governos não têm cumprido o Estatuto Profissional no que diz respeito a este direito e o atual Governo continua com a postura dos antecedentes”.
“A PSP está envelhecida, a PSP intencionalmente “confunde” o critério de limite de idade com o definido por via de requisitos, errando na sua execução. A PSP tem nesta matéria tratamento diferenciado da sua congénere GNR”, acrescenta.
Exigida posição mais firme ao diretor nacional
Para a estrutura sindical, “é descomedido o ataque a estes profissionais” e, como tal, exige “a emanação do despacho interministerial para a pré-aposentação referente a 2024” e que seja preparado já o despacho para 2025, “com emanação até maio deste ano”.
“Os profissionais da PSP não têm qualquer responsabilidade pela incapacidade política de recrutamento de novos profissionais, têm a sua dignidade e esta deve ser respeitada”, defendem os sindicalistas.
Por outro lado, a ASPP/PSP alega que o diretor nacional Luís Carrilho “tem de ser mais exigente para com o Governo” e ter uma atitude “menos pacífica no que concerne a propostas desajustadas e quase ridículas”. “A ASPP/PSP vem também há muito alertando para este impasse, tendo em finais de 2023 intentado uma ação em tribunal contra os Ministérios das Finanças e Administração Interna, pela mesma razão agora colocada”.