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A Associação Sindical dos Profissionais do Corpo da Guarda Prisional (ASP/CGP) anunciou este domingo que vai aderir à greve geral da próxima quinta-feira, 11 de dezembro, e critica as informações veiculadas pela Comunicação Social, na última semana, segundo as quais "os profissionais do CGP não vão aderir à greve geral ou não vão realizar qualquer greve por alegadamente terem chegado a um acordo com o Governo".
No dia 2, após uma reunião no Ministério da Justiça, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, fez saber em nota enviada à agência Lusa que "a estrutura ponderou participar na greve geral de 11 de dezembro" e, perante a garantia de assinatura de um acordo com a tutela, decidiu desconvocar a sua participação.
"Neste setor existem quatro estruturas sindicais com legitimidade para apresentar avisos prévios de greve e nenhuma das associações pode falar por si só em nome do todo que é a classe", reagiu ontem o presidente da ASP/CGP, Jorge Alves, sem referência expressa a Frederico Morais e ao SNCGP, de que ele, Alves, também foi presidente.

Jorge Alves preside à nova Associação Sindical
"A marcação de uma greve é da responsabilidade exclusiva de estruturas sindicais legalmente constituídas, enquanto a adesão a greves é um direito individual de cada trabalhador", comunicou a ASP, acrescentando: "Na Administração Pública existem centrais sindicais e sindicatos que também têm toda a competência legal para decretar greves e às quais qualquer trabalhador pode aderir."
Na quarta-feira, o Ministério da Justiça divulgou a assinatura de um acordo com os dois referidos sindicatos e a Associação de Chefias do corpo da Guarda Prisional que prevê, entre outras reivindicações, o pagamento da totalidade das horas extraordinárias.
Jorge Alves entende que o anunciado pelo Governo "não constitui qualquer acordo, mas sim uma tentativa de encobrir a falta de visão estratégica e a contínua desvalorização do sistema prisional e dos seus profissionais".
