Fernando Castro, 46 anos, foi esta tarde de segunda-feira condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio na forma tentada agravado e posse de arma ilegal, no Porto. O juiz valorou os antecedentes criminais do arguido para não suspender a pena. O advogado do arguido anunciou que vai recorrer.
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Os factos remontam a 11 de março de 2023, na rua da Alegria, no Porto. Segundo a acusação, Fernando, para vingar as agressões sofridas à porta da boate, entrou no “Granada Night Club” de pistola em punho e com a intenção de matar todos os que, momentos antes, o tinham atacado. Entre pessoas a fugir e a esconderem-se onde era possível, baleou o gerente do espaço de diversão noturna e um dos clientes.
Foi acusado de dois crimes de tentativa de homicídio agravados pelo uso de arma de fogo. Em tribunal, o arguido admitiu a autoria dos disparos mas garantiu que apenas queria "assustar" e que estava "muito arrependido" daqueles "atos irrefletidos".
“Não tive pontaria para acertar em ninguém. Queria assustá-los, senti-me humilhado. Não foi com a intenção de matar ou ferir alguém. Foi com a intenção de assustar”, disse ao coletivo de juízes, pedindo desculpa aos ofendidos pelos “atos irrefletidos”.
Os juízes acabaram por condená-lo a quatro anos e meio de pena efetiva de prisão. O juiz justificou a não suspensão da pena com os antecedentes criminais do arguido. O advogado Fernando Moura não concordou com a interpretação do juiz e já anunciou que irá recorrer, frisando que o único registo criminal do seu cliente é de umas ofensas corporais ocorridas já há alguns anos.