A presidente da Câmara de Mirandela não declarou à Assembleia da República a participação em duas empresas produtoras de alheiras, como estava obrigada a fazer, nos dois anos em que esteve como deputada, antes de rumar à autarquia de Trás os Montes.
Corpo do artigo
A ex-deputada do PS nem sequer informou a direção da sua bancada dos interesses que tinha no setor, apesar de ter sido indicada para coordenadora dos socialistas na Comissão Parlamentar da Agricultura e até integrado o grupo de trabalho que criou a nova Lei da Transparência para os titulares de cargos políticos e públicos.
Júlia Rodrigues é suspeita da prática dos crimes de fraude sobre mercadoria e violação da indicação geográfica num inquérito do Ministério Público, que culminou anteontem com a apreensão, pela ASAE, de cinco toneladas de alheiras na empresa familiar onde tem participações. Aliás, as suas quotas nas duas sociedades agora sob investigação - 9% na Vifumeiro e 12,5% na Amil - já são anteriores às funções como deputada.
Ler mais na edição impressa ou epaper.